Você sente que tem potencial para conseguir melhores resultados, mas apesar de todo seu esforço não consegue obter o que deseja? Se este é o seu sentimento, você não está só.
Um dos maiores problemas das pessoas é empenho de mais e desempenho de menos. Duas mil horas de trabalho no ano não parecem suficientes para realizar tudo o que precisa ser feito, mas o problema não é a quantidade, e sim a maneira COMO fazemos.
Você acredita que trabalha pouco? Claro que não! Ninguém acredita nisso, seja qual for a profissão. Todos sentem que trabalham muito e se empenham bastante.
Existe uma diferença muito grande entre trabalhar e desempenhar. Riquezas somente são geradas por meio de um desempenho superior, mas para isto é fundamental um aprendizado superior.
Para desempenhar mais é necessário ampliar competências e, a primeira e fundamental, é desenvolver o pensamento sistêmico. Tudo está relacionado a tudo! Quando entendemos a relação que existe entre as coisas, aumenta a nossa capacidade de compreensão do mundo e da vida. É nisso que o pensamento sistêmico nos auxilia.
A frase certeira de Derek Bok, reitor da Universidade de Havard, "se acha que a educação é cara experimente a ignorância”, é tão atual e verdadeira, pois quem acha que obter conhecimento é custoso ainda não calculou o preço que está a pagar pelo desconhecimento.
A limitação de ver o todo, a desatenção diante das relações entre as coisas, a dificuldade de identificar causas e efeitos e a baixa consciência, são efeitos frequentes nas pessoas que trabalham alienadas e não conseguem assim, oferecer o seu melhor. Por conseguinte, também não consegue receber o melhor. Essa alienação ou baixa visão sistêmica cria um ciclo perverso que se transforma em uma roda viva: muito esforço / pouco resultado / baixa recompensa / muito empenho / pouco desempenho / baixos ganhos e assim por diante.
Se o mal do mundo tem nome e é a ignorância, para ela existe um antídoto: o conhecimento. Como bem disse Aristóteles há milênios atrás: “através do conhecimento adquiro compreensão, e a compreensão me permite fazer com liberdade o que os outros fazem obrigados pelo medo”. Conhecimento é, portanto, a moeda forte dessa nova economia agora mais sistêmica e interligada.
É disso que a visão sistêmica é capaz: permitir com que as pessoas aumentem suas capacidades de dar novas respostas para problemas, tanto novos como antigos.
Colaboração:
Silvio Bugelli é educador empresarial com atuação em diferentes segmentos da economia. Artífice da Economia ao Natural e mentor de programas de desenvolvimento de lideranças no Brasil e Portugal. Fundador da Metanoia Educação Transformadora, é pesquisador dos processos cognitivos, memórias e aprendizagem com o desafio de alavancar o desempenho pessoal e profissional, com a transformação do modelo mental.
Administrador de empresas com especialização em finanças e pós-graduação pela Fundação Getúlio Vargas SP, formação pela Universidade do Chile em Sustentabilidade e Economia Sociais e especialização em Neurociências pela USP - Universidade de São Paulo.
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