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Saúde Mental: A importância em procurar terapia.

Quando devo procurar um psicólogo?

Em momentos difíceis ou frente a alguns problemas que parecem de difícil solução, muitas pessoas pensam em procurar um psicólogo, mas desistem por diversos motivos: medo, vergonha,desconhecimento ou até mesmo por não acreditarem que um profissional especializado poderá ajudar.


Mas a psicologia tem por objetivo ajudar as pessoas a se conhecerem melhor, e assim

encontrarem dentro de si mesmo as respostas que procuram.


Se você tem dúvidas sobre quando procurar um psicólogo, confira alguns sinais que podem

te ajudar a tomar esta decisão:


Se você sente as emoções com muita intensidade, vale a pena procurar um psicólogo?

Se as suas emoções – seja tristeza, paixão, raiva ou irritação – são intensas a ponto de você se questionar ou atrapalhar suas atividades cotidianas, talvez seja hora de buscar ajuda. A ansiedade extrema, por exemplo, pode aumentar a proporção das preocupações, causar angústias desnecessárias e prejudicar a qualidade de vida.


Normalmente o agravamento de doenças psicológicas ocorre quando não conseguimos

adequar nossos “desejos” com a realidade que nos cerca, de tal modo que lentamente a intensidade do nosso descontentamento aumenta, causando-nos prejuízos em algum campo da nossa vida. Uma das maneiras, é você identificar os acontecimentos que despertam esta emoção negativa com maior frequência e em momentos específicos.

Por exemplo:


“Sinto-me frequentemente triste no meu trabalho, principalmente quando meu chefe

deprecia minhas entregas”. Ou, “Sinto-me extremamente preocupada e insegura quando meu namorado não chega no horário que combinamos, então sempre me pego controlando seus passos”.


Ou “Sinto-me irritada(o) sempre que estou próxima(o) ao meu enteado. E, normalmente sou

muito agressiva(o) com meu próprio filho(a)”

Este tipo de revisão certamente irá apoiá-lo(a) a identificar o momento certo de buscar ajuda.





Mas, e nos casos em que seu mundo vira de cabeça para baixo?





Se você passou por uma situação traumática.

Morte na família, divórcio, desemprego ou doenças graves (assim como a própria pandemia) são exemplos de situações traumáticas que podem afetar profundamente as pessoas envolvidas, causando: distanciamento, depressão, problemas para dormir e até mesmo para trabalhar ou estudar.

É recorrente na vida de quem sofreu um trauma o medo de passar pela situação traumática

novamente. Por isto, pensamentos de desesperança aliado aos sentimentos de angústia e tristeza tornam a vida do sujeito um verdadeiro desafio.


Ter um espaço seu para elaborar uma perda, ou lidar melhor com as circunstâncias que lhe

despertam o medo de passar novamente pela sensação ruim, é o caminho ideal para você buscar sua

recuperação.

Se você apresenta sintomas de doenças não diagnosticadas.

A máxima “o corpo fala” é uma verdade universal: dores de cabeça, de estômago, gripes e

resfriados de repetição ou dores repentinas sem motivo aparente podem ser sinais de problemas emocionais não resolvidos.


Muitos já devem ter ouvido dizer que o mal do século é o estresse, a depressão, a ansiedade.

Certamente estas doenças estão na lista de maior epidemia a nível mundial.

De acordo com OMS – Organização Mundial da Saúde – o Brasil tem a maior taxa do

transtorno de ansiedade no mundo e é o quinto em casos de depressão.


Várias alterações como “suar frio”, ficar sempre em alerta com medo de algo, taquicardia ou

palpitações no peito, tensão muscular, entre outras sensações de desconforto físico podem estar relacionadas com a ansiedade.



Assim como alterações no humor, tristeza, solidão ou isolamento social podem estar

relacionados a depressão causando também várias dores pelo corpo.

Frequentemente as pessoas sentem-se frustradas quando apresentam estes sintomas em

consultórios médicos e fazem uma série de exames que não resultam em nada.


Se você precisa de válvulas de escape com frequência.

O abuso de álcool ou drogas é um problema sério que precisa de intervenção imediata, mas

essas não são as únicas válvulas de escape que oferecem risco aos seus usuários.

Alguns tipos de medicamentos ou até mesmo a comida podem ser utilizados para mascarar

questões emocionais não resolvidas, apontando a necessidade de buscar ajuda especializada.


O fato é que esta tentativa acaba sendo pretexto para criar um problema ainda maior. Uma

vez instaurada a dependência, ela traz sérios prejuízos à vida da pessoa, seja no nível da sua integridade física, comportamental ou social.


E como isto acontece?

O perigo começa pelo nosso cérebro que possui um circuito denominado sistema de

recompensa, responsável por decodificar estímulos que nos dão prazer.

Uma vez ativado, será liberado em nosso organismo grandes quantidades de dopamina, uma substância conhecida por neurotransmissor, que nos estimula a alcançar o objetivo da sensação de prazer.



Fazer compra, fazer sexo, comer um chocolate, ou uma simples ideia que já lhe deu algum

tipo de prazer, faz com que a dopamina envie sinais ao cérebro para que ele alcance seu objetivo: que é ativar o sistema de recompensa e ter a sensação de prazer novamente.


O fato é que este sistema é adaptativo e uma vez que você teve esta sensação de

contentamento, qualquer estímulo, seja ele um pensamento, poderá fazê-lo buscar pelo objeto que lhe gerou a sensação de bem-estar.


Se você se encontra em uma situação cuja a dependência lhe causa danos em qualquer

âmbito da sua vida, procure por ajuda psicológica, pois existem técnicas eficientes para apoiá-lo em seu processo de reabilitação.

Se você se sente constantemente desanimado ou sem energia.

Todos passam por dias de preguiça extrema, de ceder à vontade de passar o dia inteiro

deitado no sofá. Mas se esses dias tem se repetido com frequência, ou se você não encontra força de vontade para ceder à apatia, é essencial tomar a decisão de buscar ajuda para quebrar esse círculo vicioso.


Normalmente a apatia está relacionada com uma diminuição de estímulos afetivos, a pessoa perde a sua capacidade de dizer aquilo que a faz triste, alegre, irritada, etc. Apesar de saber da importância afetiva que determinada experiência deveria despertar, ela não consegue sentir nada. É uma espécie de “tanto faz como tanto fez” para tudo na vida.


Esta incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas experiências na vida está diretamente relacionada com alterações afetivas, o nosso “tempero” sentimental, àquilo que identifica os sabores e os dissabores da vida.


Saiba que a apatia é um estado afetivo próprio de quadros depressivos. Portanto, não demore a procurar ajuda de um especialista para que você volte a ter uma vida menos “obscura” e mais “colorida”.

Se você tem problemas nos seus relacionamentos.

Os problemas nos relacionamentos começam efetivamente a trazer danos e prejuízos quando ultrapassam os limites do respeito e de uma boa convivência dentro de uma relação. E isto pode acontecer por duas vias: uma quando você ataca e a outra quando é atacado.


Características de impulsividade e/ou manipulação, agressividade e controle, por exemplo,

são demonstrados de forma recorrente na relação, tanto por parte de quem sofre a agressão quanto de quem agride, são sinais de que você necessita do apoio de um psicólogo para ajudá-lo a construir relações mais saudáveis e respeitosas.



Uma vez estabelecido o conflito nos relacionamentos sociais, amorosos ou afetivos voluntariamente acaba ocorrendo o afastamento ou distanciamento entre as pessoas, e sentimentos de solidão, raiva, tristeza, etc. invadem seu espaço trazendo sofrimento e dor.


É muito comum iniciar um quadro de isolamento quando você não consegue controlar suas

emoções, aos poucos você tende a se afastar pela falta de compreensão das pessoas e elas tendem a não procurar por você em função das suas atitudes impulsivas.


Seja com os amigos, colegas de trabalho ou familiares – se você sente que seus

relacionamentos estão desgastados, se você não consegue se expressar ou reconhecer suas emoções, ou se os seus relacionamentos lhe trazem infelicidade, o acompanhamento de um psicólogo pode ajudar a resgatar o vínculo esquecido ou a encontrar dentro de si mesmo os motivos para a situação.


E então, se identificou em algum momento?

Se sim, aproveite e busque auxílio. Não espere agravar qualquer situação. Buscar auxílio psicológico é investimento para a sua qualidade de vida!





Contribuição:

Maria Clara Maffezzolli

Psicóloga e voluntária ABRH Blumenau




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